segunda-feira, 26 de maio de 2008

Que ingenuidade!...

Eras tu, inesperadamente,
escondido nas palavras,
no diálogo com a sombra
de uma Ana desculpa,
que não aí ao lado,
não contigo inimaginado.
(In)compreensível a atitude,
o não reconhecimento,
o esconder da identidade.
Tantos porquê agora,
como a falta de transparência,
a ausência de naturalidade,
a não autenticidade,
cada vez mais retumbante,
mais difícil de aceitar,
abrindo outras brechas
aprofundando tristezas,
sulcando desencantos,
cavando desilusões...
Palavras que escondem o quê?
Silêncios para quê?
Que ingenuidade a minha
ter acreditado um dia...

sábado, 24 de maio de 2008

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Quando o ego dançou

Martelam no cérebro
palavras significado,
que ventos distantes,
silvando incólumes,
lançaram carinho,
sugerindo de mansinho,
éticas sensatas:
"Não precisamos de nos por
em bicos de pés
só porque repararam em nós..."
E os ventos descansam,
no desassossego da sombra,
nas sementes distantes,
do degredo sentido,
no arremesso da vida
que a escolha falhou.
Lambendo as feridas
que os ecos denotam,
recordo palavras,
sentidos bizarros,
em que o ego dançou.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Marcas de sentimento

Passado o assombro,
de sorriso nos lábios,
coração tremendo,
esperei convites,
descobri silêncios
e outros deslizes...
Batendo como louco,
saltando do peito,
voando bem alto,
esquecendo defeitos,
querendo, desejando,
ansiando abraços,
na carência dos actos,
esperei presenças,
nas ausências plenas...
E queria eu fugir,
deitar fora amarras,
desistir de ti,
resistindo, recusando...
És ainda tu,
a marca do meu sentir.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Máscara de um sonho nu

Meu carossel de emoções,
estranhas e brancas sensações,
e tantas, tantas ilusões...
Eras tu ainda e sempre,
e eu também, sem mais,
em cada instante, num repente,
em acordes festivais,
de generosa e franca bonomia,
numa espera profunda, até ser dia,
em cada madrugada, cintilante,
o amor, a entrega de amante.
Minha via, à revelia
do regular percurso vetusto,
desdenhado desregrado,
avança um dia, valentia,
atrasa no crepúsculo,
a verdade de ser maior,
o sentido de ser mulher...
E ainda e sempre, sempre tu,
imagem fugidia,
máscara de um meu sonho nu.

OMD: Souvenir

quinta-feira, 15 de maio de 2008

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Não sou mais...

Desalenta,
a desatenção.
A desolação no olhar,
a certeza do vingar
perante a soma do afazer
que se estende e se desmancha
perante a desgarrada,
segundo a função,
de cada um perdida
na definida ejaculação
das anunciadas vontades,
finadas
desajustadas,
encantonadas de betão.
Não sou mais,
não sou não.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

E se um dia...

E se um dia vieres bater à minha porta,
Talvez possa ainda sorrir-te,
Por que não?
Quem sabe a solução,
a certeza da vontade
numa saudosa versão?...

Bem vindos!

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