Que ingenuidade!...
Eras tu, inesperadamente,
escondido nas palavras,
no diálogo com a sombra
de uma Ana desculpa,
que não aí ao lado,
não contigo inimaginado.
(In)compreensível a atitude,
o não reconhecimento,
o esconder da identidade.
Tantos porquê agora,
como a falta de transparência,
a ausência de naturalidade,
a não autenticidade,
cada vez mais retumbante,
mais difícil de aceitar,
abrindo outras brechas
aprofundando tristezas,
sulcando desencantos,
cavando desilusões...
Palavras que escondem o quê?
Silêncios para quê?
Que ingenuidade a minha
ter acreditado um dia...