sábado, 25 de julho de 2009

Que foi que nos deu?

Desmanchou-se o liame.
Quebrou-se o elo,
Desatou-se o nó
Instalou-se o gelo,
Perdeu-se a confiança.
Desmorona-se o sonho,
Desconchava-se a ligação,
Desagrega-se o vínculo.
Fecha-se o sorriso,
Apaga-se a ilusão,
Desfazem-se os laços.
Parte-se o coração.
Permanece a mágoa,
Detém-se a esperança,
Que foi que nos deu?

Una lagrima furtiva

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Desalento

Como aceitar o acontecido?
Como enfrentar o outro
no seu espaço de desejo e realização?
Como conjugar o verbo amar
num substituto real
de gozo e satisfação?
Como não sentir o paradoxo,
a desilusão da não pertença?
Como anular o desalento,
a amargura da ausência,
num acidental acto de apetite,
de avidez, de fruição?
Como superar este tormento
de me reconhecer dispensável,
de me identificar (novamente),
inútil, supérflua, excedente?
Como ultrapassar a dor
de me sentir farrapo,
de me saber caco:
Miserável ser,
deste tortuoso andar,
deste sinuoso caminhar?
Pergunto-me: Que fazer?
Respondo-me: Espero um amanhecer,
sem ter medo de acordar...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Canção da Verdade Jovem

"A verdade cantava no escuro
No cimo da tília sobre o coração

O sol há-de amadurecer dizia
No cimo da tília sobre o coração
Se os olhos o iluminarem

Troçámos da canção
Agarrámos prendemos a verdade
Cortámos-lhe a cabeça debaixo da tília

Os olhos estavam noutro sítio
Ocupados com outra obscuridade
E nada viram"


Vasko Popa
(Trad.: Eugénio de Andrade)
Retirado de:http://oestadodaeducacao.blogspot.com/

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Afagos Vagos

São afagos os teus vagos pensamentos,
expressos em mensagens que concebes
e me deves mandar,
com sorrisos meigos,
lampeiros, de sedução e encantos,
prantos de meus levianos anseios,
ligeiros, contos de amor.
Calor de meu desassossego
que em desvelo e em degredo,,
liberto em ais e desejos,
enleios d'inocente querer...
Loucuras, ternuras, doçuras,
torturas de silêncios e saudade.

Bem vindos!

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