sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Era eu contigo, sem ti...

Ignóbil pertença,
que na ausência silencia
o sentir,
feito devir de ser...
Indigno penar
que num louco desejar
se manifestou,
sem decência,
sem lei...
Era... Eu contigo, sem ti...

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Quis Deus...

Quis Deus que hoje,
ainda fosse um amanhã,
deixando passar a horda
que me ia atropelar
(foi por um triz e estaria morta).
De seguida, senti que a vida
não se deve desperdiçar,
com rebuliços de amar;
Senti que mais vale aproveitar,
se o sol quer brilhar;
sentir o vento se ele quer ventar;
a chuva se tem de diluviar;
Os instantes em que comigo estás
e o tempo em que sonhas comigo estar...

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Encanto Desencantado

Desencanto. Desilusão. Degenerescência.
A descrença na humanidade, no homem complemento...
Há franqueza nos simples e puros afectos,
sem chãos, nem tectos, nem teias ou cadeias...
São meus pensamentos discernidos,
de memórias concebidos em aromas,
das ameias de castelos d'areia,
suspensos em desejos, sem lamentos...
Recuperar ideias bizarras,
ser o mesmo, sendo outros,
sem grandes ironias, de amarras arredias...
A distância da paixão inglória,
de tempos idos, famintos,
memória triste de insanes galanteios,
que se perdem em gorjeios
de desalentado querer...
É o desalinho dum amor perdido,
num cobarde saber sem sentido
em ignóbil padecer apaixonado,
tão profusamente magoado.
És já tão ténue, meu encanto,
já tão desencantado...

Bem vindos!

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