quinta-feira, 23 de abril de 2009
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Desatino insuportável
Violentado em cada instante,
num sufoco mal contido,
num grito silenciado
na história dos filhos,
irrompe,
no ser dilacerado
a angústia depressiva
envolta em indiferença,
levemente suposta,
manifesta em sentença...
Encolhido num corpo nu,
desbotado e amarrotado,
confunde-se o ser
num cru parecer...
Irremediável padecer
que em cacos implode
e em fragmentos comove
as áreas do seu condado,
as veredas do casão.
Estilhaços escaqueirados
de desejos maltratados,
em infindável tentação,
uma fuga mais que abrupta,
desta vida devoluta,
de estranha solidão.
Má escolha? Punição
que tolhe e embaraça,
pela falha que ameaça,
sofrimento, desrazão...
Postado por Violet às 4/17/2009 01:36:00 da manhã 0 comentários
Marcadores: Desatino, Desespero, Sofrimento, Solidão
quarta-feira, 15 de abril de 2009
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Estranha lucidez
Sei-te nas veredas do mau(meu?) tempo,
apesar de ensolarados desejos
de permanecer esperança.
Neste espaço nu,
carente de aconchego,
(re)visito-me vestindo arrogância,
e num desvelo de maturidade,
transpiro laivos de fraqueza
imbuídos de espontaneidade.
Autênticidade? Não. Não sei...
Talvez apenas fugacidade do ser
que em pleno amanhecer
desfalece de saudade
e se afunda em vontade de mudança...
Escolhi esta vida, em tempos.
Hoje odeio ter de a viver
confrontada comigo mesma,
e com os ecos
da minha memória, insolente.
Cegueira. Surdez. Demência(?)
Estranha lucidez, vã glória
de caminhar direita ao abismo,
guiando-me sobre o fio da navalha,
em busca de um mar acolhedor:
sereno na sua imensidão,
forte para o meu desnorte...
Postado por Violet às 4/13/2009 03:33:00 da manhã 0 comentários
quarta-feira, 1 de abril de 2009
A falta de tua fragrância
Podiam ser versos de amor
de paixão, de sedução,
versos de amor
sentido, vivido
num instante, decisão.
Nesses versos de amor,
cantados em noite escura
de insónia e desejo,
de loucura intemporal
na saudade que perdura...
Versos de amor que quis
muito além da decência,
mais do que à dignidade,
mais do que à vida,
num acreditar de inocência.
Versos de amor que chorei,
numa culpa de ignorância
de nua prepotência,
face ao imenso silêncio
à falta de tua fragrância...
Postado por Violet às 4/01/2009 10:36:00 da tarde 0 comentários
Bem vindos!