quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Devaneio...

Desencanto da vida
pela diáspora vivida,
desnuda de presença,
saudosa de concreção,
lamento de condição,
angústia de sentimento,
enredo de indecisão,
desejo de entrega,
anseio de liberdade
devaneio consolação...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Apontamento...

Noto que tudo vai ficando no limbo do depois ou do entretanto, num processo em aberto que escapa tanto à concretização como ao sentido da vida, da existência...

O desejo apaga-se nos silêncios, nas esperas, nas demandas, nos esquecimentos... Esvai-se por entre o presente e a falta, o imperativo e a ausência, a premência e a distância...

O sonho desmantela-se e aperfeiçoa-se na desconstrução inconsciente da fantasia que se esboroa e contamina em laivos de um erotismo renovado e insatisfeito.

É um fado que enfada e entedia os espaços mirrados do existir vagabundo que, sem lei, se emoldura em demência progressiva e espasmódica de contorções orgásticas, corpóreas, que retemperam e destroiem, numa agonia galopante, oprimente...

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

sábado, 6 de dezembro de 2008

Entusiasmo II

Foi assim, há dois anos atrás Como se pode ler , nesta mesma data...
Faz hoje anos. Apenas dois anos...
Mas, as vivências, as experiências,
os pensamentos, os sentimentos,
as inquietações, as dúvidas,
os desafios (...)
Foram sulcando,
encantando e desencantando,
foram fazendo das suas...
E, hoje, eis-me de novo vontade e coragem...
Ainda que magoada, ainda que com menos esperança.
Mas, com a alma cheia da certeza de que vale a pena ser.
É com entusiasmo ainda que agarro os dias e às vezes os deixo ir...
É com entusiasmo ainda que me ultrapasso e às vezes socumbo às avalanches...
É com entusiasmo ainda que canto a vida em cada mensagem...
É com entusiasmo que me descubro ainda criança em cada manhã...
É com entusiasmo redrobado que me escuto e me escondo...
É com entusiasmo que vivo a vida em cada instante...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Está frio, muito frio...

Está frio, um frio trémulo...
É Dezembro no seu melhor,
preparando o Inverno, com rigor,
num prognóstico inexoravelmente gélido.
Chove ininterruptamente, amor.
A chuva glacial enregela o corpo
fazendo entorpecer, no íntimo,
o espírito que se refugia, louco...
A noite escura e fria,
está numa sinistra agonia.
É o sombrio sentimento
de um lá fora, cá dentro,
sem luz nem aquecimento...
O dia escondeu o ser,
numa consistência molhada,
desconfortável, oprimente,
subjugando laivos flamejantes,
de um sol recôndito, clandestino,
de devotos e tristes amantes...
E, o amanhecer, prestes a nascer,
traz no seio dolorido,
o vazio luzidio do pedraço...
O gelo açambarca o tempo,
no pulsar húmido e lento,
da noite transida, insatisfeita,
em decadente e torpe maleita...
E a frialdade da hora derradeira,
transporta, zurzindo, o vento
que pelas frestas da manhã,
desenvolve tristes sentimentos,
de lúgubres almas geladas,
laçando-as de frias mágoas
e de profundos desalentos...

Bem vindos!

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