domingo, 30 de dezembro de 2012

Amor Electro - A Máquina





Saber o que fazer,
Com isto a acontecer,
Num caso como o meu.

Ter o meu amor,
Para dar e pra vender,
Mas sei que vou ficar,
Por ter o que eu não tenho,
Eu sei que vou ficar.

É de pedir aos céus,
A mim, a ti e a Deus,
Que eu quero ser feliz.

É de pedir aos céus.
Porque este amor é meu,
E cedo, vou saber
Que triste é viver,
Que sina, ai, que amor,
Já nem vou mais chorar,
Gritar, ligar, voltar,
A máquina parou,
Deixou de tocar.

Sentir e não mentir,
Amar e querer ficar,
Que pena é ver-te assim,
Já sem saberes de ti.

Rasguei o teu perdão,
Quis ser o que já fui,
Eu não vou mais fugir,
A viagem começou.

Porque este amor é meu
E cedo vou saber,
Que triste é viver,
Que sina, ai, que amor.


Já nem vou mais chorar,
Gritar, ligar, voltar,
A máquina parou..
Deixou de tocar.

É de pedir aos céus,
A mim, a ti e a Deus,
Que eu quero é ser feliz,
É de pedir aos céus. 

Porque este amor é teu,
E eu já só vou amar,
Que bom não acabou,
A máquina acordou.

IMAGEM REFLECTIDA

"mostra-me o teu sorriso
ainda hoje
com dentes de leite
coloridos

mostra-me os teus olhos
ainda hoje
pela brisa do mar
salpicados

mostra-me a tua alma
ainda hoje
pela fresca geada
devorada

não me mostres quem não és
para poder por novos caminhos
espinhos de rosa
chocolate amargo caminhar"


Maria do Rosário Loures

in livro “Um sumário da minha vida no século passado”,

página 28, edições Edium Editores, S. Mamede de Infesta, 2010.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

ONTEM…


1.
Ontem pensei
no meu amor por ti
Recordei
as gotas de mel nos teus lábios
e lambi o açúcar
das paredes da minha memória.

2.
Por favor,
respeita o meu silêncio,
o silêncio é a minha melhor arma.
Escutaste as minhas palavras
quando fiquei silencioso?
Sentiste a beleza do que disse
quando não disse nada?

Nizar Kabanni

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

COISAS TUAS


Levo coisas tuas para poder estar contigo
na distância.
Para nunca te perder a companhia,
mesmo não estando.
Levo gravado o teu gesto,
o pranto, o riso, e,
(ora inocente, ora picante),
o teu sorriso,
que é a tua expressão,
o teu maior encanto.
E levo um objecto,
teu pertence,
como se o espaço tivesse autoridade
e o tempo nos afastasse.

Como se fosse preciso...


MARGARIDA FARO, in 44 POEMAS (Fonte da Palavra, 2011)

Bem vindos!

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