quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Julieta...

Imagem retirada daqui
Não sei por que motivo
"acabaste" um dia comigo
deixando-me só...
Se a verdade que me dizes
era sentir, sem matizes,
um amor intemporal...
Paixão e memória
foi sendo pela vida fora,
nosso modo de viver
e padecer a lembrar...
A procura, a espera,
que a vida, qual quimera,
ditou o mote de ser...
Olvidámos a alegria,
recrutámos mais valias
nos rebentos do ser,
a aparecer...
Lutámos para ser feliz,
tal como qualquer aprendiz
de feiticeiro,
verdadeiramente encantado...
Além de Columbina e Pierrot,
somos mais Julieta e Romeu,
sentindo em uníssono,
memórias sem dó...

domingo, 8 de novembro de 2009

Grito silenciado

Faltas sentidas,
nas vazias avenidas,
doentias,
de desejo, de medo
e angústia,
desespero...
Desabafos desolados,
vencidos desajeitados
de enebriados anseios.
Maravilha o encanto.
Mas, no lamento
entretanto anunciado,
bateu a saudade,
num grito silenciado.
Afogados os segredos
nos desvelos do ser
cansado de te não ver,
caminha ensonado,
algemado de pavor...
Que é de mim, que é de ti?!

“Agora que o silêncio é um mar sem ondas, e que nele posso navegar sem rumo, não respondas às urgentes perguntas que te fiz. Deixa-me ser feliz assim, já tão longe de ti como de mim... (Miguel Torga)

Instantes mínimos...

“Escreverás meu nome com todas as letras, com todas as datas, e não serei eu. Repetirás o que me ouviste, o que leste de mim, e mostraras meu retrato, e nada disso serei eu. Dirás coisas imaginárias, invenções subtis, engenhosas teorias, e continuarei ausente, Somos uma difícil unidade, de muitos instantes mínimos, isso serei eu." (Cecília Meireles)

sábado, 7 de novembro de 2009

Flor gifs

“Procuro a poesia certa, como uma roupa na medida exacta, para vestir a minha alma nua.” (Byafra)

chovendo


"Sou feita de vésperas e dias seguintes, da expectativa que a véspera me faz e da realização que o dia seguinte me traz." (Karla Julia)
"Sou o intervalo entre o que desejo ser e o que os outros me fizeram." (Álvaro de Campos)
“Sou entre flor e nuvem. Por que havemos de ser unicamente humanos?” (Cecília Meireles)
“Fossemos infinitos, tudo mudaria... Como somos finitos muito permanece.” (Bertold Brechet)

Bem vindos!

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