terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Diario de uma paixão - The Reason

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A magnitude de uma memória...

Mais do que ser, era querer então,
de verdade e coração...
Hoje a memória é mais saudade e ilusão.
A certeza de agora apenas ser...
Mas, mais logo, a consciência
da vontade de querer...
Na memória, a paixão,
o sabor de ti, na mágoa da solidão.
Magnífica memória
que queria...
ser mais que ilusão...

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Amor

"Si grand soit le monde, si loin que je sois, à chaque seconde, moi, je pense à toi... Mais quand tout se voile...quand meurt le soleil, il y a notre étoile...là haut dans le ciel... Dis lui que tu m'aimes, en la regardant, je dirai je t'aime, à ce même instant..."

Era assim ... 

Llorar a lágrima viva - Oliverio Girondo

Amor prometido...

Sonhos brancos de horas profundas,
lentas e majestaticamente caladas,
nos interstícios das memórias
de um recovery imaturamente sonegado.
Enganos feitos de beijos sensuais e ardentes,
de vontades imorredouras
e desejos de noites de volúptia infindável.
Vasilhas de escombros,
destroços dos caminhos percorridos,
das canções de amor,
em cântaros de Pandora
encerradas feitas mimos de embalar,
ternuras inusitadamente desveladas.
Corações desfeitos nas balbúrdias das vielas,
nos becos outrora vividos,
como espaços de ingénua esperança.
Sorrisos desenhados
em olhares promissores de felicidade,
em posturas grávidas de alentos protetores
e adolescentemente adorados.
Quês e lês dum amor prometido,
com profecias de futuro e de realização conjugal.
Tudo amado e perdido...

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Analyse - Tom Yorke

Thom Yorke - Analyse (tradução) Lyrics @ LyricsTime.com

sábado, 29 de outubro de 2011

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Ainda assim te amarei…

O abismo do tempo,
A vertigem do nada,
A ausência do quando,
A certeza do onde,
Na negligência do agora.
Ainda assim te amarei…
Tenho para mim
Que outra vida vivi,
Numa outra etapa
Do meu insondável ser.
E reagi mais ao como
Do que ao agora,
Ou ao porquê dum beijo
Que o desejo venceu…
Quem me dera o sorriso
Do teu abraço forte,
Poema paraíso
Da canção,
Da dádiva de então...
Nas incertezas da vida,
Nostalgia de infinito…
Quem me dera a saudade
De ti. O teu gesto guardei
Como o perdi? Não sei!
Tão incompreensível
O teu silêncio,
A perda do teu amor
Que sempre sonhei,
Acalentando a esperança
De poder ser eterno...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Em Todas as Ruas te Encontro

"Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco"

Mário Cesariny, in "Pena Capital"

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Pássaro Azul

A noite que passou,
Trouxe-me um sonho.
Dormi mais para sonhar!
Sonhei que era um pesadelo…
De manhã ia acabar!
Conheci o teu sorriso,
Porque me está no coração…
Corri logo a teu encontro…
E ao estender-te a minha mão.
Sete lágrimas escorreram
Quando eu te abracei
E ao tocar no teu cabelo
Eu imaginei,
Que amanhã
Ao acordar,
Tu irás voltar
Meu pássaro azul
Tu irás voltar
E corremos mundo fora.
Toda a noite a brincar
Era eu quem se escondia
E tu eras a encontrar
Sete lágrimas escorreram
Quando eu te abracei
E ao tocar no teu cabelo
Eu imaginei,
Que amanhã
Ao acordar,
Tu irás voltar
Meu pássaro azul
Tu irás voltar
Meu pássaro
Meu pássaro azul
Tu irás voltar

Andre Sardet

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Páscoa*

A cor da minha sina é a cor da minha voz tolhida...
A cor da minha alma é a do meu tormento,
de desejo infinito e incandescente,
da minha ânsia de viver a entrega e a partilha...
A cor da minha vida é a cor do tempo,
do desencontro vivido, no encontro acontecido...
A cor da minha solidão é o querer-te,
de suspiros e esperanças plenos,
nos silêncios e ausências sempre certos e serenos...
A cor da minha lágrima é a cor da certeza
de um bem-querer (im)possível, ainda que (e)terno.
A cor do meu saber violeta é o lilás
que tem, na sua duração ínfima,
o odor intensíssimo, necessário, para dizer AMOR...

*(do hebraico Pessach, significando passagem através do grego Πάσχα)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Espelho

"Sou prateado e exato. Não tenho preconceitos.
Tudo o que vejo engulo imediatamente
Do jeito que for, desembaçado de amor ou aversão.
Não sou cruel, apenas verdadeiro -
O olho de um pequeno deus, de quatro cantos.
Na maior parte do tempo medito sobre a parede em frente.
Ela é rosa, pontilhada. Já olhei para ela tanto tempo,
Eu acho que ela é parte do meu coração. Mas ela oscila.
Rostos e escuridão nos separam toda hora.
Agora sou um lago. Uma mulher se dobra sobre mim,
Buscando na minha superfície o que ela realmente é.
Então ela se vira para aquelas mentirosas, as velas ou a lua.
Vejo suas costas, e as reflito fielmente.
Ela me recompensa com lágrimas e um agitar das mãos.
Sou importante para ela. Ela vem e vai.
A cada manhã é o seu rosto que substitui a escuridão.
Em mim ela afogou uma menina, e em mim uma velha
Se ergue em direção a ela dia após dia, como um peixe terrível."


traduzido por André Cardoso(in 34 LETRAS, issue 5/6, Ed. 34 Literatura and Nova Fronteira, Brazil, 1989) in Educar em Português
Sylvia Plath (1932-1963) é sobretudo reconhecida pela sua obra poética, mas escreveu também um romance semi-autobiográfico, A Redoma de Vidro (The Bell Jar), sob o pseudónimo Victoria Lucas.

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