quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Parto

Parto.
Com o coração preso,
amarrda ao sentimento,
sofrendo pelo abandono,
pela saudade de nada.
Parto.
Com os olhos rasos de água,
e o coração apertado no peito,
feito azeitona em conserva,
desesperado, plangente.
Parto.
Levo no peito a certeza
que a ilusão foi sobremesa
e o acreditar, devaneio.
Parto.
E o soluço seco corrói,
tanto que dispara o medo,
de não poder usufruir,
do sol de cada manhã,
do delírio da mamã,
de me sentir em degredo.
Parto.
A estranha sensação de leveza,
desta vez não me acompanha,
e, de mim, tenho tanta pena...

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