sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Rasando o precepício...

Em cada instante,
anseio longa e profusamente,
por um pouco de calor.
Cada pedaço do meu ser,
espera nesgas de sentimento,
no encalce da ilusão de felicidade,
pela garantia de liberdade,
reconhecida na partilha,
na vastidão da pertença,
no silêncio do não dito,
inaudível, porque infinito.
Rasando o precepício,
da soberana entrega,
hesito, vacilo perplexa,
perante o matreiro sorriso,
do sedutor e zombeteiro desejo,
transformado sem pudor,
e sem remédio,
e sem jeito,
em estranho sobressalto
de irredutível esquecimento,
negando o deslumbramento...

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