segunda-feira, 16 de julho de 2007

Às vezes...

Às vezes tenho ganas de partir,
deixar tudo: fugir.
Largar, alto mar adentro,
navegar rumo ao infinito,
deambular pelo firmamento,
esconder-me na neblina
e aí ficar escondida,
até se fazer dia,
até doer de solidão...
Às vezes em devaneio,
anseio outra de mim,
partilhando outro de ti,
feito antes, e depois
de abraços e amassos,
desses cujas maresias
às vezes eram surpresas
e outras promessas
de mistérios e magias
de estranhas sinfonias,
inventadas e vividas
em louca sofreguidão...
Às vezes queria ser Deus
para te poder ver
em todo o teu esplendor,
pleno, sempre galante,
de sorriso fácil e
contagiante,
olhando com atenção,
para poderes dar a mão...
Às vezes não queria partilhar-te,
queria-te apenas meu:
amigo, amado, amante...
Às vezes ...

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