segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Desatei a tristeza... derramei a saudade

Caminhei por entre o silêncio
das giestas, dos carvalhos,
dos pinheiros e das urzes,
saboreando amoras silvestres,
enroscada em silvas e bogalhos,
e xistos de quartzo,
sem presenças vis,
à procura de memórias infantis:
- Olha a casa do Ti'aniel!!!
- Aqui caímos da burra...
Fui encostada ao riacho,
ao encontro da história,
olhando o agrião agreste,
as meruges, as urtigas,
os choupos e os ciprestes...
Desatei a tristeza,
derramei a saudade
e as lágrimas saírem,
sorrateiras, presas ao âmago...
Chorei a credulidade "abusada",
de infância e inocêcia amputadas...
Chorei a verdade inesperada,
e a dor deste amor impossível.
E, nem as memórias e o cansaço,
me libertaram desse abraço,
que há tanto tempo recordo,
e dentro do peito transborda
e o revivo e reinvento,
e em cada esquina o lamento
e o espero e o sufoco...

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