quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Tenho medo de viver...

A cada nova tentativa,
a dureza da investida,
de não poder ser por agora,
de evitar a dupla vida,
de esconder a deriva
que o coração não tem
porque não gosta,
porque não teme o desdém...
Face à desdita sentida,
aos solavancos do percurso,
nos vai-vem e nas arrecuas,
do desalento disforme,
do desencontro provocado,
de desejos negados,
de promessas desavindas,
de compromissos escusos,
promíscuos mas difusos,
de um ser que parece,
de um parecer que padece,
por não poder ser,
por não querer sentir
e que por isso esquece...
Tenho ganas de fugir,
tenho medo de viver...

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