sábado, 15 de setembro de 2007

A ti, a minha eterna gratidão.

Fizeste-me acreditar que o sol está sempre no horizonte, por mais que as nuvens o tapem... Rasgaste horizontes, proporcionaste-me outros olhares pelos desenhos que foste delicadamente construindo nos meus dias de labuta inconsistente...
Num complemento de imensa partilha, acreditei que poderia ser outra, pela profunda cumplicidade pressentida, apenas possível entre sensibilidades especiais e próximas dos ideais e dos sonhos de mudança das realidades estáticas, tão tradicionalmente aceites e estanques e tão absolutamente cristalizadas e redutoras, tal qual o descrito em "O Nome da Rosa" de Humberto Eco, secundado pelo "Mundo Imaginado" de June Goodfielf e cuja figura do "velho do Restelo" tão bem caracteriza e evidencia... Senti-me par, alma gémea, com tanto em comum e tão necessitada de um ombro amigo, de um peito aconchegante, de uma mão orientadora, de um colo balsâmico, de uma aceitação protectora que me proporcionavas... Senti-me de novo menina, jovem e princesa de um reino que se me apresentava sedutor, que desabrochava num tropel de cores, sabores e odores, tão vivo e tão intensamente rico e cativante que, a custo, a muito e pesado custo, poderia olvidar-se no seu deslumbrante reflexo espelhado, qual arco-irís engalanando o céu em tarde de tempestade... E, foi neste encantamento sublime que construí os alicerces que hoje me dão algum conforto e me fazem sentir com uma enorme segurança (totalmente desconhecida e impensada), relativamente ao que quero e espero da vida... É bom quando, como hoje, sinto que há carinho e valor e ... calor, nas gentes que me rodeiam.

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